Gekigá ( ou "figuras dramáticas") é o termo em japonês usado para definir um tipo mais adulto de mangá, voltado para públicos amadurecidos, sendo um estilo que pode retratar tanto temas reais quanto fictícios.
Foi criado por Yoshihiro Tatsumi e mais tarde adotado por outros artistas japoneses de uma linha mais séria de mangá que não queriam que suas obras fossem reconhecidas como tal, numa referência quase perjorativa do termo "mangá", a que chamavam de "desenhos irresponsáveis". Assim como Will Eisner havia criado o termo graphic novel para diferenciar trabalhos mais sérios de arte sequencial dos quadrinhos comuns ou populares, esses novos artistas japoneses criaram o termo gekigá para designar trabalhos mais adultos dentro dos quadrinhos nipônicos.
Yoshihiro Tatsumi começou a publicar seus gekiga em 1957. Essas revistas eram bem diferentes da maioria dos mangás da época, que tinham um público-alvo infantil. Essas figuras dramáticas não vieram da leva popular de publicações aquecida por Osamu Tezuka em Tóquio, mas de bibliotecas públicas de Osaka. Essas instituições toleravam publicar e alugar ou vender trabalhos mais experimentais e ofensivos, em contraste com a onda infanto-juvenil de Tezuka.
Com um traço pesado, é um estilo não muito difícil de ser identificado: tramas psicológicas, busca de lei e ou vingança, armas (de fogo, espadas, adagas e tonfas), sangue, mortes, guerras, flashbacks, máfia, brigas de rua, drogas, corrupção, entre outros, são alguns elementos que o caracterizam.
Alguns Exemplos: Ashita no Joe, Kozume Okame, Vagabond, Golgo 13, Monster, Mai a Garota Sensitiva, Sanctuary, Akira, Crying Freeman, Heat, Hokuto no Ken [...]